sábado, 18 de setembro de 2010

Sacolas Plásticas: é possível viver sem elas?

Acaba de entrar em vigor na cidade do México uma lei que combate a produção e o uso de sacolas plásticas que não sejam biodegradáveis. No Brasil, o Estado do Rio de Janeiro promulgou a Lei nº. 5502/2009 dispondo sobre a substituição e recolhimento desse produto em estabelecimentos comerciais localizados no Estado como forma de proteção ao meio ambiente. Grandes redes de supermercados já levantaram esta bandeira e hoje oferecem aos seus clientes “sacolas ecológicas”. Em muitos países da Europa as sacolas plásticas não são distribuídas gratuitamente aos clientes, o que levou à uma redução drástica do seu consumo. As ações de combate ao uso indiscriminado de sacolas plásticas aumentam por todos os cantos do mundo. Também se discute o esgotamento de recursos naturais que são utilizados para sua produção.
Nesse contexto, proponho uma análise sob a ótica da sustentabilidade: Seriam as sacolas plásticas as grandes vilãs da natureza?
Segundo a ONU (Organização das Nações Unidas), aproximadamente 7% do lixo que produzimos é composto pelas sacolas plásticas. Elas ficam na natureza por mais de 100 anos e algumas, devido a sua composição química pesada, até 450 anos.
Primeiro, precisamos assumir que temos responsabilidade pelo uso desnecessário e que o descarte indevido em vias públicas, rios e matas, além de contaminar o meio ambiente, tem causado a morte de muitos animais. Por outro lado, temos os defensores das sacolas plásticas que apontam para a sua praticidade no transporte de mercadorias.
Enfim, o que é correto, que atitude tomar?
Estamos na rua e lembramos que precisamos comprar algo no supermercado. Ok. Vamos levá-la sim, mas de quantas estamos falando? Sua compra foi pequena? Então você não precisa de nenhuma. E se você comprou muito itens e está chovendo? Tudo bem, eu entendo e concordo que você vai precisar da sacola plástica para o transporte dos produtos. Mas utilize somente a quantidade necessária. Quantas e quantas vezes colocamos um ou dois itens em cada sacola e no fim consumimos mais unidades do que realmente necessitamos?
Você precisa de sacolas para o lixo de casa? Esse hábito, que está incorporado em nossa sociedade, traz muito prejuízos para natureza pelo seu uso inadequado. A sacola plástica que virou recipiente de lixo não chega a sua totalidade de armazenamento e já é posta, bem amarradinha, do lado de fora da casa para que o lixeiro a leve e descarregue no aterro sanitário de sua cidade. Lá ela poderá permanecer por mais de 400 anos até se decompor.
Considere que você vem utilizando somente metade da capacidade de uma sacola plástica. Se precisa de 10 sacolas durante a semana, poderia, se fosse mais comprometido com a saúde do planeta, reduzir para 5 unidades, bastando apenas enchê-la completamente antes de descartá-la. Estamos falando de apenas uma casa, a sua! Podemos considerar seu vizinho? Então já estamos falando de 10 sacolas a menos que vão para o “lixão”!* Deslumbre estes números para seu quarteirão, sua rua, seu bairro e sua cidade.
Meu pai sempre me disse: “10% de 10 é 1, 100% de nada é 0”.  Uma pessoa que deixa de consumir uma sacola por dia é apenas uma; e se cada morador de uma cidade com 20 mil habitantes reduzir pelo menos uma sacola plástica por dia? É consciência coletiva. Sustentabilidade do planeta.
A questão a ser analisada e ponderada é, se ainda não conseguimos viver sem as sacolas plásticas, pelo menos devemos nos preocupar em utilizá-las de forma correta e consciente. Utilize sacolas plásticas somente em casos de extrema necessidade. Dê preferência às “sacolas ecológicas” quando for para suas compras. Incorpore-a ao seu cotidiano, tenha sempre uma na sua bolsa ou no seu carro. O MEIO AMBIENTE AGRADECE!
Semana que vem falaremos sobre o que realmente é “LIXO”.
Boa semana, seu amigo,

Flávio Paschoal


Ilustração: Lucas Diniz - kill_dinho@hotmail.com
Revisão de texto: João Colosalle - joaocolosalle@hotmail.com


quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Projeto Roda São Paulo, governo do estado


Uma experiência fantástica! O projeto passou por 52 cidades em 2 meses e meio, uma cidade por dia. A atividade mais gostosa era aplicar as dinâmicas em grupo dentro da sala de aula. Era descontraído, divertido e muito recompensador. Tinha contato direto com as experiências de todas essas cidades. As histórias e curiosidades, as dificuldades e peculiaridades de cada cidade. Cidadezinhas com menos de 2 mil habitantes, imagine?

Mas tenho certeza que todos da equipe, assim como eu, o melhor de tudo foi conhecer as pessoas, construir amizades. As vezes sinto que o pessoal do interior é mais “amigo”. Eles param para conversar e fazem questão de te receber. É ou não é característica de um povo “amigo”. Nas grandes capitais também encontro pessoas assim, mas no interior em cada esquina, quando se vê alguém, tenha certeza que esta pessoa vai te “escutar”!

A primeira resposta mais que positiva deste projeto veio da cidade de Junqueirópolis, www.junqueiropolis.sp.gov.br. Fui convidado para ministrar uma palestra para os funcionários municipais e outra a noite aberta aos moradores com o tema de "Sensibilização Amabiental - o individuo fortalece o coletivo". Fruto de uma prosa gostosa em uma dessas esquinas.



         

Cláudia Iwaki, minha amiga e responsável para isso virar outra história. Muitos projetos ainda virão por vir. Obrigado por tudo Clau!

Tenho saudades deste projeto. O que prova que a experiência foi fantástica outra vez.






terça-feira, 7 de setembro de 2010

Apresentação

Olá, tudo bem? Quero usar este espaço para discutirmos o significado de “estar bem”. Nosso planeta não anda tão bem, a situação é mais grave do que imaginamos. Se não temos culpa, pelo menos temos uma boa parcela de responsabilidade pelo estado caótico do meio em que vivemos. Parece terrível falar em caos, mas o planeta não nos comporta mais.

Neste espaço falaremos sobre a redução dos recursos naturais, da importância da reciclagem, de atitudes sustentáveis e buscaremos propor ações individuais que poderão garantir água potável para nossa geração e para gerações futuras, bem como ações que contribuam para a redução de lixo e, dessa forma, evitarmos que os “lixões” se transformem em “berço” de doenças. Também discutiremos sobre a nossa compreensão do que seja “viver em harmonia”. Harmonia com o planeta, com os vizinhos e com nós mesmos!

Cidadania é um valor que está correlacionado à questão ambiental. Muitos pais que estão lendo esta coluna já ensinaram seus filhos a não fazerem para o outro aquilo que não gostariam que fizessem para eles. Quero seguir esta linha e esclarecer que se nós não cuidarmos do mundo ele não cuidará de nós.

Precisamos entender que diversos produtos e bens de consumo que fazem parte do nosso “viver” são produzidos de forma predatória por empresas que estão mais preocupadas com o lucro do que com a saúde do nosso planeta. Quem autoriza esta produção e também todos aqueles adquirem esses produtos estão sendo coniventes com esta realidade.

É fundamental que percebamos que gastos desnecessários e desperdícios banais de bens naturais ou industriais, atitudes tão comuns, estão contribuindo diretamente para a morte do planeta. Está na hora de abrirmos os nossos olhos e assumirmos nossa responsabilidade.

Radical? Não, minha leitura é exatamente assim.

Vejamos, se o homem não tivesse interferido no meio ambiente de forma tão predatória, provavelmente não teríamos o agravamento do efeito estufa e, consequentemente, o aquecimento global que, por si só, é apontado como a causa do extermínio dos corais em mares e oceanos. Neste exemplo, como entre tantos outros, atribuímos ao “efeito estufa” a responsabilidade pelas tragédias ambientais, mas, se analisarmos bem, as pessoas que compram produtos de empresas que jogam gases poluentes no ar também são “causa” do extermínio dos corais.

Nós estamos sendo o “vírus” do planeta!

É hora de mudar! É hora de assumir! É hora de trocar experiências e informações. A hora é essa: Aqui e Agora!