quarta-feira, 30 de março de 2011

Como passei a "Hora do Planeta 2011"

Se for pensar com calma estar entre amigos é uma ótima oportunidade para economizar energia elétrica. Aproximadamente 15 famílias, cerca de 30 pessoas, ou seja, apenas um único ambiente consumindo energia enquanto outros 14 lares estavam às escuras.

Foi assim que passei na “Hora do Planeta 2011”. Ok, esta reunião tinha a comemoração de aniversário de um grande amigo como objetivo maior, mas de qualquer modo estávamos participando da ação da WWF.

É claro que comentei. Óbvio que apaguei as luzes (a verdade é apagaram por mim) e com isso o assunto, “sustentabilidade”, foi bate-papo entre todos. Acredito que conseguimos manter de 15 à 20 minutos as luzes apagadas. Grande conquista!

Toda forma de contribuir que traga aos poucos pequenos benefícios ao planeta é uma grande vitória. Quem sabe ano que vem eu e meus amigos não iremos nos encontrar outra vez e quem sabe nos preparar para outro churrasco à luz de velas. No mínimo inusitado!

Grande amigo Pereira - churrasqueiro oficial no escuro durante a Hora do Planeta 2011



Valeu galera e parabéns Beto.





P E R F E I T O

Conheçam o portal http://www.ecodesenvolvimento.org.br/ outra fonte incrível de conehcimento e ação positiva para nosso mundo ficar cada vez melhor. Vejam o que achei no portal:

"A cada ano, cerca de 671 milhões de quilos de plástico são produzidos ao redor do mundo. Em Quebec, no mesmo período, cerca de 400 milhões de contêineres não são reciclados. Entretanto, 91% dos cidadãos dizem se importar com o meio ambiente.

Para testar a disposição dos quebequenses e incentivar a reciclagem dos materiais, um grupo televisivo da cidade, o TVA, realizou um flash mob em um grande shopping.

A ação durou pouco menos de dois minutos e teve um final cheio de entusiasmo, um estado de espírito a ser perpetuado a cada vez que se leva um material reciclável ao seu destino correto. Assista."

* texto retirado do site



Há alguns meses tomei a iniciativa de tirar do chão ao menos um "lixo" que estivesse em meu caminho; sacola plástica, pedaço de papelão, copo descartável entre outros. Apenas um "item por dia". Quando vi este vídeo percebi que a mensagem da sustentabilidade está cada dia mais globalizada. O mundo está mudando, mude com ele!

Flávio

segunda-feira, 28 de março de 2011

Economia de água no banheiro

Hoje irei falar sobre uma ação prática para economizar água, mas antes quero falar de algo tão importante quanto ela. Assim como esta ação sustentável, milhares de outras boas idéias são facilmente encontradas na internet. Já comentei algumas vezes que a busca pela informação é o começo de qualquer mudança comportamental que traga bons resultados à humanidade. Precisamos nos informar e conhecer os motivos e os problemas, assim como as soluções para o nosso sistema. A problemática ambiental intensificou-se com a Revolução Industrial, no século XVII, na Inglaterra. A aglomeração da população, a domesticação dos animais e a necessidade de intervir nos recursos naturais, como rios e áreas de plantio, para atender à demanda foram fatores do aumento degradativo. Precisamos, portanto, ser pró-ativos e antecipar as mudanças necessárias pela conformidade do equilíbrio entre homem e natureza.
Vejam, então, uma solução simples com grande resultado econômico que encontrei na internet. Para podermos entender realmente o benefício desta ação vamos conhecer alguns dados que fazem parte do nosso dia a dia. Uma descarga tradicional gasta em média de 6 a 8 litros de água. A família brasileira geralmente é composta por 4 pessoas e cada uma delas usa de 3 a 5 vezes por dia o vaso sanitário. Considere agora 7 litros de água em cada descarga, na casa de uma família com 4 pessoas, sendo que cada uma dê a descarga 4 vezes ao dia, ok? Teremos um gasto de 112 descargas por semana, ou seja, 784 litros de água. Por mês, 448 descargas utilizando 3.136 litros de água, e por ano são 5.376 vezes que puxamos a cordinha ou apertamos o botão elevando o consumo do principal recurso natural à incrível marca de 37.632 litros de água. Já podemos pedir que, por favor, não utilizem o vaso sanitário como cesto de lixo e nunca dêem a descarga sem necessidade. Mas podemos fazer mais pelo nosso planeta.
Garrafas de plástico podem ser utilizadas no combate ao uso indiscriminado dos elementos naturais. Encha de água uma garrafa de 500 ml, coloque-a dentro do reservatório de modo que possa ficar fixa no fundo ou nas laterais do mesmo. Sugiro criatividade para esta etapa, pois, pela experiência que tive na minha casa, não é simples conseguir que a garrafa fique parada sem amarração, mas vocês conseguirão, tenho certeza. Brasileiros não desistem nunca! O processo é simples. A garrafa cheia de água tomará o espaço da água “limpa” que entra no reservatório. Deste modo, o vaso sanitário trabalhará com 500 ml a menos, quantidade que não prejudicará seu funcionamento.
Agora, vamos à praticidade dos números alcançados: 500 ml por cada pessoa são 2 litros por dia, ou seja 8 litros pela família, 56 litros por semana, 224 litros por mês e 2.688 por ano. É claro que vale apena adotar esta ação. Vamos lá gente, assumam a responsabilidade pelo nosso planeta. Nós podemos melhorá-lo muito, depende exclusivamente de nós.
Eu espero que esta dica possa incentivá-los a duas ações: a primeira em realmente adotar esta idéia e a segunda a incentivá-los a pesquisar outras idéias na internet. Vamos usar de forma inteligente os recursos e ferramentas que temos disponíveis.
Flávio Paschoal é consultor de marketing e ambientalista
Revisão: João Colosalle


ERRATA




Edivaldo

Todo equipamento desse tipo para ser dimensionado leva em consideração seu formato, para cada formato existe uma "CARGA HIDRÁDRAULICA".

Essa medida (utilizar uma garrafa plástica como forma de economizar água) altera tal propriedade, pode funcionar em alguns equipamentos e não em outros.

A carga hidráulica é responsável pelo devido escoamento dos dejetos não só da saída deles do vaso, mas, até a rede coletora. Pode ocorrer a parada desses na tubulação ainda na casa.

O mercado já produz equipamentos com dois acionadores, um para líquidos e outro para sólidos.

Penso até que para economia de todas as distribuidoras de água adotar um subsídio para troca de equipamentos antigos por outro mais eficiente.



Flávio

Quando pesquisei o assunto descobri que ainda temos reservatórios com 12 litros, mas a grande maioria está entre 6 e 8 L. É possível afirmar que esta intervenção sirva para os reservatórios mais antigos (12 litros) ou nem assim?



Edivaldo

É possível sim, pois, na época não se considerava o "desperdício de H2O".

A forma e aparência eram predominantes. Sua dica pode ser dada junto com a recomendação de observação do encanamento pelo usuário.

Isto já bastaria para constatar possíveis danos ou não. O usuário fará avaliação.

Abraço amigo.

quinta-feira, 24 de março de 2011

Entrevista ao Blog "Legislativo Verde"

Legislativo Verde: Como você vê a atuação do poder Legislativo de municípios nas ações favoráveis ao meio ambiente?

Flávio Paschoal: Entendo que algumas iniciativas acontecem sem visão macro, sem entendimento e conhecimento aprofundado sobre o assunto. Falta a participação de estudiosos na tomada de decisão quanto a leis restritivas. Estas iniciativas precisam ser estudadas conforme a realidade local. As leis precisam ser mais complexas e abrangentes.

LV: De quem deve partir a iniciativa da preservação ambiental?

FP: Acredito que não devemos apontar um único responsável pela iniciativa. Os políticos, em todas as suas esferas, são representantes do povo e ressalvo que a pressão pública pode transformar um país. Veja, se os parlamentares assumissem com mais vigor a questão ambiental ao mesmo tempo em que o povo adota medidas diárias de controle quanto ao consumo dos patrimônios naturais e a geração de lixo, nós alcançaríamos um objetivo comum. O fato é que se todos os seres humanos começassem a cuidar melhor do nosso planeta de hoje para amanhã, mesmo assim, precisaríamos de décadas para visualizar alguma melhoria significativa na qualidade e no equilíbrio entre homem e natureza. Precisamos de todos e não só de um responsável.

Falta a participação de estudiosos na tomada de decisão quanto a leis restritivas. Estas iniciativas precisam ser estudadas conforme a realidade local.

LV: O que você acha das ações municipais em relação ao meio ambiente?

FP: É preciso manter o poder restritivo, ou seja, o poder municipal assumir as aplicações de leis com caráter preventivo. Só o município possui compreensão exata da questão ambiental em suas terras. “O cidadão não mora na União, não mora no Estado, mora no município”, costumava dizer o ex-governador paulista Franco Montoro. Sou conivente a este pensamento.

LV: Qual a importância das pequenas ações em prol do meio ambiente?

FP: Quando falamos em pequenas ações longe dos olhos da comunidade é a mesma coisa que dizer que elas não existem. Se eu consigo economizar um litro de água por dia ao adaptar a descarga do vaso sanitário, no fim do mês eu colaboro com menos 31 litros. Agora, vamos imaginar que os 190 milhões de brasileiros façam o mesmo, cada um na sua casa, com suas ações individuais, consegue calcular e visualizar os resultados que atingiríamos? Especialistas afirmam que os “danos cotidianos” matam mais que os acidentes ambientais “juntos”. Fica fácil afirmar que cada gesto, por menor que seja, conta.

LV: Atuante nas discussões e assuntos ligados ao meio ambiente, como você analisa o papel da sociedade na preservação ambiental?

FP: Omissa, facilmente influenciada, pouco estimulada e certamente longe de ter o mínimo de conhecimento necessário para adotar mudanças significativas. A PNRS (Política Nacional de Resíduos Sólidos) foi aprovada no dia 23 de dezembro de 2010, após 21 anos de discussão no Congresso Nacional. Eu me questiono como uma classe pode exercer um papel de influência se nem ao menos sabe que existe esta política? Defendo a idéia de que educação ambiental é importante. Um povo ciente, crítico e informado poderá agir, se manifestar contra resoluções partidárias e exercer um papel decisivo na comunidade.

LV: O que você prevê para o futuro das discussões sobre meio ambiente? Elas devem se tornar cada vez mais discutidas ou se trata de uma preocupação momentânea?

FP: Sou otimista e afirmo que considerar momentânea não cabe mais neste discurso. Não existe a menor possibilidade de a questão do planeta sustentável escapar por entre os dedos. Vejo a cada ano novas conquistas e mais pessoas engajadas, de políticos a instituições. A legislação brasileira, que é uma das mais complexas do mundo, teve seu divisor de águas com a lei 6938/81, pouco mais de 30 anos. Estamos no começo de uma nova revolução, a revolução verde. Somos a geração que irá iniciar este processo. Iremos reverter a falta de compreensão e conhecimento do poder maléfico que o homem exerce ao meio quando desenfreado e egoísta ao ponto de pensar exclusivamente nele e no momento. Acredito que iremos melhorar nossas relações. Não é e não será fácil nem para mim e nem para as gerações futuras, mas iremos conseguir sim. Está mensagem positiva também precisa ser propagada. Não me lembro onde ouvi, mas gostei muito: “Precisamos derreter nossos velhos conceitos antes do derretimento das geleiras”. Este processo já começou.

segunda-feira, 21 de março de 2011

WWF e a “Hora do Planeta 2011”

Neste próximo sábado, dia 26, a WWF – www.wwf.org.br – propõe que todos apaguem as luzes e não utilizem aparelhos que possam consumir energia elétrica, seria perfeito!
Texto retirado do site: “Durante a Hora do Planeta, pessoas, empresas, comunidades e governo são convidados a apagar suas luzes pelo período de uma hora para mostrar seu apoio ao combate ao aquecimento global.
Entre as 20h30 e 21h30 vamos curtir nosso planeta as cegas. Uma única pessoa não mudará o planeta, mas imagine se todos aderirem a esta iniciativa?
Ano passado eu participei deste movimento e acabei realizando um ensaio fotográfico do meu celular:


Participem!
Faça a sua parte, Flávio.

sexta-feira, 18 de março de 2011

Jonh Zerzan - ecologista radical - indicado por Débora Monteiro

Para quem crê que só pode ensinar aqui está uma resposta que prova que aprendemos ao dividir nossos conhecimentos.
Outra excelente indicação que veio da Débora Monteiro, aluna do “Instituto Criar”.
Lembro que durante a palestra a Débora comentou sobre o trabalho e a filosofia de vida de Jonh Zerzan, um ecologista radical. Para ilustrar quem é o Jonh resumo dizendo que ele não acredita na sustentabilidade sistemática do processo industrial moderno que atingimos. Defende a postura da humanidade em se readaptar com o meio que vivemos e regressar a antigas condutas de equilíbrio. Consumo mínimo, com o real significado de “mínimo”. Viver na mata sem carro, plantar sua própria comida, não utilizar energia elétrica, “sem indústria”...de volta a era dos “homens da caverna”.
Ela me perguntou o que eu achava disso? Uma das perguntas mais difíceis para responder.
Acredito que o lucro gerado por diversas atividades industriais precisam ser extintos. Acredito que os conceitos e a forma de como consumimos precisam ser extintos também. E também acredito que a forma como nos relacionamos com o mundo precisa mudar radicalmente. Vejo uma falsa sensação de satisfação e prazer pelo consumismo desenfreado. O que nos dá prazer é uma picape enorme ou ter um bom carro e acima de tudo útil quanto as nossas necessidades? Precisamos trocar de automóvel todos os anos? Precisamos acompanhar a moda, e o que é realmente “moda”? Você vive preso a ela? Não acredito que a humanidade voltará a viver em harmonia sem abandonarmos tudo que alcançamos e descobrimos. Abandonar a tecnologia e os benefícios como a área da saúde nos proporciona, por exemplo, é bobagem. Mas acredito que precisamos rever nossos hábitos de consumir estes benefícios urgentemente. Acredito que se o processo de consumo, produção e extração dos “patrimônios naturais” continuarem a crescer desta forma não haverá equilíbrio mínimo para a sobrevivência do planeta e de quem morar nele. Não para nós! Talvez nem nossos filhos, mas os filhos de nossos filhos e gerações futuras irão sofrer muito mais que nós já sofremos.
Lembro que comentei nesta atividade no Instituto Criar que a poluição do ar causa problemas respiratórios e consecutivamente mortes, um número maior que a AIDS em todo mundo. Falamos sobre os “danos cotidianos”, que representa uma estatística de falecimento maior que todos os danos ambientais juntos (Nucleares, vazamento de petróleo entre outros).
A humanidade precisa mudar!
A Débora me passou algumas fontes de pesquisa sobre Jonh Zerzan, vejam, realmente é muito importante conhecer estas palavras e refletir.

Assista ao documentário “Surplus O terrorismo do consumo” em:

Livro, textos e filosofia de Jonh:

Obrigado Débora!
Flávio

segunda-feira, 14 de março de 2011

Instituto Criar / ong do Luciano Huck

Nesta última sexta-feira, dia 11 de Março, fiz um bate-papo com os alunos do Instituto Criar, www.institutocriar.org, a ONG do Luciano Huck. Foi incrível! Os alunos participaram, comentaram, questionaram e trocaram informações diversas sobre o tema “meio ambiente”.
Falamos de forma pontual um pouco de tudo. Política Nacional de Resíduos Sólidos, sustentabilidade, existe ou não, ser ecologicamente correto ou inteligente, cadeia produtiva entre outros.
O mais bacana de tudo é acabar uma atividade e ver os jovens interessados sobre o assunto. Alguns deles vieram falar comigo, cada um com um assunto diferente. Alguns para falar que gostaram muito, acho isso demais, outros como o Leandro para falar sobre sua atividade voltada à sustentabilidade. Ele tem um produto que ajuda a combater a poluição provocada pela queima de combustível. E ainda seu produto, que não conheço a fundo, mas quero conhecer, faz o carro gastar menos combustível. Parece ser o que precisamos. Uma tecnologia que economiza e polui menos. Vejam em http://econegocioffi.blogspot.com.
Outra resposta bacana veio do Allan, que fez este  desenho durante a palestra.
Estávamos falando sobre cadeia produtiva. Comentei sobre a incrível quantidade de 140 litros de água para apenas uma xícara de café*. Precisamos considerar a água gasta, ou utilizada, na plantação, transporte e no processo para chegar a estes valores.
Se alguém me perguntar se não acho legal ver alguém desenhando durante a aula, palestra, que estou ministrando eu logo digo que não! Acho perfeito! Mostra que ele entendeu perfeitamente a informação e duvido que ele se esqueça do seu próprio desenho. Valeu Allan!
A todos os alunos e profissionais do Instituto Criar, obrigado pelo apoio, ajuda e por abrir as portas para mim.
    Até uma próxima.
    Flávio Paschoal