quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Acerte o cesto !

Os gastos de qualquer atividade industrial são equacionados pela somatória de investimentos que sua produção, comercialização e distribuição exigem. Claro que existem outros fatores como logística, instalações, fornecedores etc. Mas para entendermos a relação de nossas atitudes dentro deste processo, acho que este resumo é o suficiente.

Digamos que alguém joga o fio dental usado no vaso sanitário e aciona a descarga. Eu repeti esta ação diversas vezes na minha vida e talvez você também tenha feito algum dia. É óbvio que o fio não desaparece do planeta através da tubulação. Ele só some do alcance de nossa visão, mas estará em algum lugar, onde a física manda. Se você o empurrou com a pressão da água (em média 8 litros são gastos para cada descarga brasileira, portanto, use com inteligência e não como cesto de lixo), o fio dental poderá permanecer nos canos e tubulações por milhares de anos. Alguns amigos afirmam que o fio dental é mais resistente que o cabelo humano ou pode ser considerado de igual resistência à degradação.

A questão do consumo dos recursos naturais se dá aqui através da cadeia produtiva das atividades humanas. Todo consumo, em qualquer escala ou relacionado às nossas atividades, deve ser considerado. Neste caso, precisamos entender que os gastos energéticos, como a água para limpar ou manter a funcionalidade do sistema de esgoto, são enormes. Consideramos as vias públicas: usa-se água para limpar as ruas por diversas vezes, mas não é só a água. O combustível do caminhão deve ser considerado também.

O que quero ressaltar hoje é a fragilidade das relações humanas. Diversas, ou quase todas, de suas ações devem ser somadas às de outras pessoas pertencentes a sua comunidade. O impacto ambiental se dá de formas inimagináveis. Alguns são de pequena escala e não transformam o meio, mas existem aqueles que acabam sendo computados nos relatórios oficiais sobre impacto ambiental.

Se nossa atitude de usar o vaso sanitário como cesto de lixo ajuda nos índices de fatores para consumo dos recursos naturais, sugiro mudarmos esta realidade. Basta entender os erros, mudar a atitude para a mais adequada e, claro, permanecer assim! É fácil. Arrisque-se à mudança!

Até a próxima!
Flávio Paschoal é consultor de marketing e ambientalista
Ilustração: Lucas Diniz
Revisão: João Colosalle

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