quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Bitucas de cigarro também é lixo!

Os “danos cotidianos” assombram mais o nosso planeta do que as catástrofes ambientais, como a de Sevesco (desastre em uma fábrica de pesticidas na Itália, em 1976), de Bhopal (desastre com gás metil isocianeto, em 1984, na Índia, que deixou 3.300 mortos e 20 mil doentes crônicos) e o mais famoso, a de Chernobyl (acidente nuclear na Ucrânia, em abril de 1986, que resultou em 29 mortos, 135 mil casos de câncer e 35 mil mortes subsequentes).

Entendemos por “danos cotidianos” os poluentes legalizados pelos países, que permitem a comercialização de diversos produtos e suas substâncias químicas.

Um grande exemplo é o cigarro. Sabemos que cada bastonete de nicotina possui mais de 4 mil elementos químicos. Eles prejudicam a nossa saúde e a do nosso planeta. Se você, fumante, não entender que a opção de fumar deva ser um ato agressor apenas a você mesmo, perceba de uma vez que sua atitude de jogar as “bitucas” no chão é um ato predatório e egoísta.

Este “LIXO” provavelmente cairá nos bueiros e com grande probabilidade contaminará nossos rios, mananciais e prejudicará a vida animal. Diversos animais confundem estas “bitucas” de cigarro com alimentos e acabam ingerindo todas as substâncias que o compõe. O fato é que o elemento estranho ao ambiente é o nosso lixo. A vida animal é harmônica e evolutiva. Os animais consomem e se adéquam aos recursos disponíveis e presentes à natureza. Se deixarmos nosso lixo à disposição da vida natural é bem capaz que alteraremos os hábitos de sobrevivência deles. Se imaginarmos uma alimentação à base de 4 mil substâncias químicas seria bem plausível perceber que somos responsáveis por mutações genéticas e óbitos da vida animal. Concorda ou é exagero?

Papéis de bala também possuem substâncias químicas. Plástico é resultado de um processo químico. E assim como praticamente tudo que temos a nossa disposição possuí química nociva à saúde.

A solução imediata e globalizada? Vamos pensar em todos. Não jogue lixo em vias públicas. Por mais insignificante que ele seja, dê o descarte adequado.

Sugestão: adote o hábito de carregar um lixo portátil para evitar sujar a cidade. Embalagens de balas, caixinhas com tampa (ou até uma caixa de fósforos vazia) podem ser úteis como cinzeiro pessoal. Experimente!

Flávio Paschoal é consultor de marketing e ambientalista
Revisão: João Colosalle

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