segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Carregue seu lixo contigo...sempre para a reciclagem!

Em outras ocasiões, já falei sobre a necessidade de descarte correto daquilo que chamamos de lixo e já falei sobre o próprio lixo, mas, como este assunto é vasto, quero voltar a esclarecer alguns pontos a respeito.
Precisamos ponderar algumas atitudes corriqueiras do dia a dia. Reciclamos porque devemos reduzir a extração de matéria prima da natureza. Precisamos reduzir por dois grandes problemas modernos: degradação excessiva do meio e escassez de espaços naturais para acomodar todo lixo produzido. Temos uma grande quantidade de lixo justamente porque consumimos muito. Os produtos que consumimos vêm em embalagens e, estas, por sua vez, são muitas, de diversos tamanhos, composições e formas de descarte. A régua de fatores influenciáveis é maior, mas vamos continuar com o assunto principal deste texto.
Costumo tomar café numa padaria ou perto de onde trabalho. Aproveito e pego um “tira-gosto”. Já dentro do carro, uma balinha, cuja embalagem vai parar ao lado daquele folheto de promoção que nunca foi lido. Ambos são lixo, concordam? Pois bem, o papel do “tira-gosto”, da bala e o folheto que estavam no carro são lixos que você produziu. Você é responsável por todo lixo que gera e não só aquele que está dentro da sua casa.
Por isso digo que o lixo que está ali naquela sacola plástica, junto do câmbio do seu carro, também deve ser reciclado. Já vi várias pessoas que reciclam o lixo de casa e, no entanto, o lixo “da rua” acaba dispensado em um cesto qualquer. É bem por aí, não é? Parece que não esperamos a hora de nos livrar desse problema.
O problema real, porém, é quase invisível, uma vez que não vamos e não conhecemos os lixões da nossa cidade. Só teremos uma significativa melhora quando enxergarmos e entendermos com clareza a verdadeira situação que enfrentamos. A quantidade de lixo produzido considerando todos os ambientes do nosso cotidiano (casa, trabalho, restaurantes, feiras, hospitais, escola), enfim, todo lixo acaba em um único lugar. Por isso, gostaria de sugerir pequenas ações para contribuir com a saúde do planeta:
- Tenha sempre um recipiente de lixo em todos os seus ambientes de convívio e dê o descarte correto ao que não é necessário. Exija que o estabelecimento onde você produziu este lixo faça o mesmo que você.
- Considere que se não produzimos não temos necessidade de reciclar, portanto, reduza sua produção diária.
Para enfatizar, lembro que os “danos cotidianos” são mais maléficos que todos os grandes desastres ambientais juntos! Por isso, faça sua parte.
Flávio Paschoal é consultor de marketing e ambientalista
Revisão: João Colosalle

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Acerte o cesto !

Os gastos de qualquer atividade industrial são equacionados pela somatória de investimentos que sua produção, comercialização e distribuição exigem. Claro que existem outros fatores como logística, instalações, fornecedores etc. Mas para entendermos a relação de nossas atitudes dentro deste processo, acho que este resumo é o suficiente.

Digamos que alguém joga o fio dental usado no vaso sanitário e aciona a descarga. Eu repeti esta ação diversas vezes na minha vida e talvez você também tenha feito algum dia. É óbvio que o fio não desaparece do planeta através da tubulação. Ele só some do alcance de nossa visão, mas estará em algum lugar, onde a física manda. Se você o empurrou com a pressão da água (em média 8 litros são gastos para cada descarga brasileira, portanto, use com inteligência e não como cesto de lixo), o fio dental poderá permanecer nos canos e tubulações por milhares de anos. Alguns amigos afirmam que o fio dental é mais resistente que o cabelo humano ou pode ser considerado de igual resistência à degradação.

A questão do consumo dos recursos naturais se dá aqui através da cadeia produtiva das atividades humanas. Todo consumo, em qualquer escala ou relacionado às nossas atividades, deve ser considerado. Neste caso, precisamos entender que os gastos energéticos, como a água para limpar ou manter a funcionalidade do sistema de esgoto, são enormes. Consideramos as vias públicas: usa-se água para limpar as ruas por diversas vezes, mas não é só a água. O combustível do caminhão deve ser considerado também.

O que quero ressaltar hoje é a fragilidade das relações humanas. Diversas, ou quase todas, de suas ações devem ser somadas às de outras pessoas pertencentes a sua comunidade. O impacto ambiental se dá de formas inimagináveis. Alguns são de pequena escala e não transformam o meio, mas existem aqueles que acabam sendo computados nos relatórios oficiais sobre impacto ambiental.

Se nossa atitude de usar o vaso sanitário como cesto de lixo ajuda nos índices de fatores para consumo dos recursos naturais, sugiro mudarmos esta realidade. Basta entender os erros, mudar a atitude para a mais adequada e, claro, permanecer assim! É fácil. Arrisque-se à mudança!

Até a próxima!
Flávio Paschoal é consultor de marketing e ambientalista
Ilustração: Lucas Diniz
Revisão: João Colosalle

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Bitucas de cigarro também é lixo!

Os “danos cotidianos” assombram mais o nosso planeta do que as catástrofes ambientais, como a de Sevesco (desastre em uma fábrica de pesticidas na Itália, em 1976), de Bhopal (desastre com gás metil isocianeto, em 1984, na Índia, que deixou 3.300 mortos e 20 mil doentes crônicos) e o mais famoso, a de Chernobyl (acidente nuclear na Ucrânia, em abril de 1986, que resultou em 29 mortos, 135 mil casos de câncer e 35 mil mortes subsequentes).

Entendemos por “danos cotidianos” os poluentes legalizados pelos países, que permitem a comercialização de diversos produtos e suas substâncias químicas.

Um grande exemplo é o cigarro. Sabemos que cada bastonete de nicotina possui mais de 4 mil elementos químicos. Eles prejudicam a nossa saúde e a do nosso planeta. Se você, fumante, não entender que a opção de fumar deva ser um ato agressor apenas a você mesmo, perceba de uma vez que sua atitude de jogar as “bitucas” no chão é um ato predatório e egoísta.

Este “LIXO” provavelmente cairá nos bueiros e com grande probabilidade contaminará nossos rios, mananciais e prejudicará a vida animal. Diversos animais confundem estas “bitucas” de cigarro com alimentos e acabam ingerindo todas as substâncias que o compõe. O fato é que o elemento estranho ao ambiente é o nosso lixo. A vida animal é harmônica e evolutiva. Os animais consomem e se adéquam aos recursos disponíveis e presentes à natureza. Se deixarmos nosso lixo à disposição da vida natural é bem capaz que alteraremos os hábitos de sobrevivência deles. Se imaginarmos uma alimentação à base de 4 mil substâncias químicas seria bem plausível perceber que somos responsáveis por mutações genéticas e óbitos da vida animal. Concorda ou é exagero?

Papéis de bala também possuem substâncias químicas. Plástico é resultado de um processo químico. E assim como praticamente tudo que temos a nossa disposição possuí química nociva à saúde.

A solução imediata e globalizada? Vamos pensar em todos. Não jogue lixo em vias públicas. Por mais insignificante que ele seja, dê o descarte adequado.

Sugestão: adote o hábito de carregar um lixo portátil para evitar sujar a cidade. Embalagens de balas, caixinhas com tampa (ou até uma caixa de fósforos vazia) podem ser úteis como cinzeiro pessoal. Experimente!

Flávio Paschoal é consultor de marketing e ambientalista
Revisão: João Colosalle

Vassoura d'água ...

Saio de casa pela manhã e vejo as pessoas limpando suas calçadas. Por várias vezes também vejo a mesma cena durante a tarde e, em algumas ocasiões, à noite. A semelhança de todas elas é a utilização da mangueira para lavar a calçada. Quem vê sem analisar não percebe os detalhes dessa cena tão comum hoje em dia, aparentemente normal. Mas, vamos analisar com outro olhar?
O mais comum é ver as pessoas empurrarem a sujeira para o vizinho. Uma atitude nada harmoniosa dentro da sociedade, não é mesmo? Se você não quer ver a sujeira ali, parada na porta da sua casa, é bem capaz de entender que seu vizinho também não queira. Recolha seu lixo e dê o descarte adequado a ele.
Também encontramos as pessoas varrendo a sujeira ou recolhendo-a com uma pá (parabéns se você faz isso ao invés de mandá-la à calçada alheia). No entanto, é comum a mangueira aberta e a água vazando, sem ser usada. Chamamos esta ação de “vassoura d’água”, ou seja, o ato nada correto de empurrar a sujeira ou lavar a calçada com o jato d’água. Um absurdo!
Em pleno século XXI, encontramos muitas pessoas que ainda não entenderam que a água é o nosso recurso natural de maior valor, necessária à nossa saúde e sobrevivência. Precisamos economizá-la e usá-la de forma consciente.
Imagine que a calçada está completamente suja. Uma boiada inteira passou por ali e deixou seus rastros naturais (uma cena hipotética e cômica). Concordo que um pouco de água ajudaria muito neste caso, mas porque não usarmos somente o necessário? Primeiro, pegue a mangueira, molhe o lugar sujo, feche a torneira e varra o lugar. Depois, abra novamente a torneira, molhe, recolha seu lixo e jogue-o num lugar apropriado. Acredito que seguindo esses passos você conseguirá seu objetivo de ter sua calçada limpa. E melhor, um bom relacionamento com seu vizinho e com o planeta. Perfeito, não?
Caso não tenha passado nenhuma boiada hoje pela sua calçada, quem sabe poderemos pensar em varrê-la apenas, sem o uso da “vassoura d’água”? Experimente um dia.
A água é nosso recurso natural mais importante, por isso, use-a adequadamente. Alguns estudiosos e pesquisadores afirmam que uma terceira guerra mundial se daria por água potável. Enquanto isso algumas pessoas usam para empurrar lixo daqui para li. Não existe cabimento para aceitar esta atitude.
Cobre seus vizinhos, amigos e familiares uma postura mais sustentável. Pequenas mudanças trazem benefícios extraordinários para o planeta.
Flávio Paschoal é consultor de marketing e ambientalista
Revisão: João Colosalle

Vamos juntos?

Vamos direto ao ponto. Se duas pessoas combinarem em dar carona uma à outra, de casa ao trabalho, alternando a vez de quem dirige, ambas estarão colaborando com o planeta. Menos um carro na rua significa diminuição de poluentes gerados pela queima de combustível.
Planejar suas compras e estruturar um roteiro para que possa fazer suas tarefas com o menor trajeto possível de carro é outra atitude positiva.
Fazer a revisão do seu carro conforme as especificações do fabricante é mais uma ação sustentável que deve ser adotada. Veículos em ótimas condições de uso tendem a poluir menos.  

Para visualizarmos melhor as agressões que o planeta sofre com nossa frota de veículos vamos detalhar os agravantes: a queima de combustível é a grande vilã do planeta, causa problemas na camada de ozônio e pode acarretar mudanças climáticas graves. Outro ponto a se considerar são os grãos de borracha que vão parar nos bueiros e, consequentemente, em nossos rios.

Neste caso, quanto mais rodamos com os automóveis, mais rápido precisaremos de novos pneus. Por isso, por que não consideramos uma vida mais saudável e adotarmos a caminhada e a bicicleta como formas sustentáveis de locomoção do século XXI?

No final do século passado, foi atribuído ao dia 22 de setembro o “dia mundial sem carro”, uma iniciativa de ativistas para propagar a reeducação sobre nosso hábito de locomoção. No entanto, somos bem capazes de nos mover para diversos lugares utilizando os transportes públicos ou mesmo indo a pé ou de bicicleta. Mas, na maioria das vezes, a comodidade fala mais “alto” e esquecemos de alguns deveres, como exemplo, cuidar do planeta de forma total e absoluta.
Para a saúde do planeta, e a sua própria, ofereço hoje uma reflexão em que você descubra se é capaz de deixar seu carro na garagem apenas um dia da semana? Faça apenas esta pequena mudança de hábito.
Consideremos uma frota de 10 mil veículos. Se cada um reservar um dia durante a semana para deixar o carro na garagem, garanto que os valores benéficos serão grandiosos e todos ganharão.
Comece a gostar mais do planeta! Cuide!
Flávio Paschoal é consultor de marketing e ambientalista
Revisão: João Colosalle
Ilustração: Lucas Diniz

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Documentário - Limpeza do Parque Aguapeí

Coletânea de Imagens

1º etapa - produção (concluída)
2º etapa - montagem
3º etapa - distribuição e palestras nas escolas das 06 cidades que compreendem o parque





sexta-feira, 19 de novembro de 2010

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Desperdício

Desperdício! O que te lembra essa palavra ou ação? Jogar comida fora? Tomar banhos demorados? Deixar a torneira aberta? Deixar a luz acesa ou o a tela do computador ligada sem ninguém no ambiente?
Boa parte da população entende por desperdício grandes quantidades descartadas ainda com possibilidade de uso. Por isso, as pequenas quantidades não são observadas e questionadas, como, por exemplo, quando 1 kg de comida é jogado fora. Neste exemplo, abro um parêntese.
Segundo dados da revista Veja número 1749, perto de 44% do que é plantado se perde na produção, distribuição e comercialização: 20% na colheita, 8% no transporte e armazenamento, 15% na indústria de processamento e 1% no varejo. Com mais 20% de perdas no processamento culinário e hábitos alimentares, as perdas totalizam 64% em toda cadeia. Números assustadores, não?
Somos quase 7 bilhões de pessoas nesse planeta. É mais do que necessária a consciência de que o desperdício aparentemente inofensivo deve ser combatido. Como sempre tenho dito, as pequenas ações devem fazer parte das questões ambientais.
Colocaremos essa realidade em uma questão prática de nosso dia a dia. Papéis! Quanto papel é desperdiçado por dia? Aquela folha que você imprimiu sem necessidade alguma; o pedacinho de papel do bloco de anotações que você escreveu apenas um número de telefone e depois jogou fora; o caderno que foi para o lixo ainda com páginas em branco. Pelo fato de sermos, de certa forma, ecologicamente preguiçosos, e por ser uma tarefa chata (eu sei e concordo com isso), deixamos de aproveitar ao máximo um espaço em branco numa folha de papel. Isso não é feito porque é muito mais cômodo jogarmos fora e comprar um caderno novo ou trocar por uma folha nova. Pesquisas indicam que a média de consumo por pessoa é de 51 kg de papel por ano, sendo que para fabricar 50 kg é necessária uma árvore virgem. Mais de 7 bilhões de árvores por ano para alimentar nossos hábitos de consumo. Está mais do que na hora de prestarmos atenção aos pequenos desperdícios.
Diversas atitudes sustentáveis podem ser assumidas quanto isso. Quer dicas? Comece a utilizar todos os espaços em branco, recorte-os e coloque em uma caixa para servir de anotações; imprima seus documentos somente quando for extremamente necessário e pense nos números apresentados quando for jogar fora uma folha ou um caderno.
Existe mais uma boa opção que gostaria de compartilhar. Sabe quando mandamos imprimir aquela planilha e acaba saindo uma folha a mais com apenas algumas linhas? Ou quando no documento do Word existe um espaço a mais e a segunda folha sai apenas com o cabeçalho e rodapé? Pois bem, existe um programa de combate ao desperdício de papéis na impressão, sem custo algum. Você pode encontrá-lo neste site http://www.printgreener.com/. A função deste programa é verificar e avisar se existem tais folhas adicionais em sua impressão. Instale em sua máquina e ajude o planeta.
Independente do tamanho, tenho certeza de que com cada atitude positiva tomada, o mundo sentirá seu benefício. Seja amigo do planeta! E até a próxima!
Flávio Paschoal é consultor de marketing e ambientalista
Ilustração: Lucas Diniz
Revisão: João Colosalle

sábado, 30 de outubro de 2010

Mundo embalado

Quero atrair a atenção de vocês hoje para o fato de que a maior parte do que consumimos vem dentro de uma embalagem e poucas pessoas dão o destino adequado a elas: a reciclagem. A grande maioria acaba mesmo nos lixões, quando não nas ruas, jogadas, prontas para serem carregadas pela chuva, entupir bueiros, poluir rios e, ao final, acabar nos prejudicando.
A cadeira que você está sentado provavelmente veio em uma embalagem. E os produtos ou os componentes necessários para construí-la também foram embalados antes de formarem a sua cadeira. Dentro da dinâmica do processo industrial existem diversas embalagens usadas até que você consuma este produto. Tudo exige embalagem, de alimentos a bens de consumo. O que precisamos fazer, no mínimo, é dar o descarte correto a elas. Portanto, palavra de ordem: Recicle!
Para aqueles que querem adotar uma atitude mais sustentável, optar por produtos e empresas que tenham um olhar mais consciente e usar a menor quantidade de embalagens possível é um começo. Observe nas prateleiras os produtos que adotam esta atitude e dê valor a eles. Lembre-se que você não irá consumir a embalagem, portanto, nem aquela mais charmosa e elegante deve te convencer na hora da compra.
É facilmente perceptível que tudo, ou praticamente tudo, ao nosso redor gerou uma embalagem, que mais cedo ou mais tarde vai virar lixo. E esse lixo é uma das preocupações do nosso mundo. Quanto mais consumirmos, mais embalagens, quanto mais embalagens mais lixo, quanto mais lixo mais problemas ao ambiente. Precisamos assumir este fato e fazer o possível para administrar esta situação. Nada disso significa que devemos parar de consumir, mas sim que devemos saber escolher pensando, ao mesmo tempo, em nós e em nosso planeta.
Curiosidade: existe uma tecnologia e um estudo em desenvolvimento que prevê o uso do cogumelo como recurso primário no revestimento de embalagens. Uau! Embalagens que após o descarte virariam adubo. Não é fantástico? Para quem se interessou, confira no site www.inovacaotecnologica.com.br
Até a próxima!
Flávio
flavio.ambiental.paschoal@gmail.com
Ilustração: Lucas Diniz
Revisão: João Colosalle

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Pense nisso!

Criamos este projeto para atender as crianças da região do Grande ABC / SP. Nossa idéia é produzir uma ferramenta pedagógica interdisciplinar. Fizemos as primeiras filmagens, entrevistas e os primeiros testes de animação. Veja e reflita:









Material realizado como etudo de linguagem - documentário sobre meio ambiente / Expedição Planeta Terra
Direção / Produção: Flávio Paschoal
Edição / Câmera: Livia Slywitch
Animação: Marcelo Pitel
Imagens complementares: Paula Romano

Plalestra na UNIFADRA - Dracena

Uma oportunidade para trocarmos conhecimento e vivências...


Universitários..sempre fazem a palestra mais dinâmica ...

 
Espero voltar para lá!


Grandes Amigos !!

Cúmplices ... obrigado meninas!

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

STOP

Planeta Azul ... indo para o ralo.

Todos sabem que água é um recurso natural não renovável e que a escassez é fato se continuarmos a desperdiçá-la e a sujá-la da forma como estamos fazendo. De acordo com a Organização das Nações Unidas, cada pessoa necessita cerca de 110 litros de água por dia para atender as necessidades de consumo e higiene. No entanto, no Brasil o consumo por pessoa pode chegar a mais de 200 litros por dia.
Vale lembrar que de toda água disponível no planeta 97% é salgada e 3% doce, sendo que 77% dela aparece em forma de gelo nos polos, 22% está embaixo da terra e só 1% está em rios e lagos, podendo ser utilizada para consumo. Você sabia que se toda a água do planeta coubesse em uma garrafa de 1 litro, a água para consumo encheria apenas um copinho de café de 50 ml? Entendeu por que é tão importante usá-la com consciência?
Divido com vocês algumas dicas para a redução do consumo desse bem tão precioso. Espero que consigam colocá-las em prática.
Vassoura d’água- Normalmente, a torneira ficar aberta e vazando, desperdiçando água, enquanto se varre o local. Não existe a menor razão para consumir água desta maneira apenas para deixar sua calçada limpa. Você poderia abrir a torneira, limpar um pedaço mais sujo e fechar em seguida. Atitude correta: Varrer bem a calçada, recolher o lixo (não empurrá-lo para o vizinho) e, quando houver necessidade, jogar água apenas no ponto mais sujo.
No trabalho- Perceba quantos colegas de trabalho enchem os copos para tomar água e jogam fora aproximadamente 1/4 de água. Segundo o site Planeta Sustentável (http://www.planetasustentavel.com.br/), em 2025 mais da metade da população mundial não terá mais água potável para consumo. Visite o site indicado e reflita.
Outra atitude sustentável- Ao “lavar” seu lixo que será reciclado lembre-se que se você gastar mais água que o necessário esta ação já não vale mais a pena. Precisamos remover a sujeira e não lavar os itens, ou seja, usar a menor quantidade de água para esta ação.
Dentro de casa- Tome banhos mais rápidos e dê descarga somente quando houver necessidade. Demorar no banho ou usar o vaso sanitário como lixeira são atitudes que levam a um desperdício enorme de água.

- Não deixe que as torneiras fiquem pingando inutilmente. É economia líquida e certa de água e de dinheiro.

- Pense na possibilidade de colocar acumuladores de energia solar e aparelho para coleta de água das chuvas em sua casa. Pode ser um bom investimento para você e um alívio para o planeta.

- Identificar vazamentos em casa não é tarefa difícil. Fechando as torneiras e interrompendo o consumo é possível observar se os indicadores do hidrômetro continuam girando. Se estiverem, você está desperdiçando dinheiro e água.

- Assim como escovar os dentes ou fazer a barba com a torneira aberta, ensaboar a louça com água limpa escorrendo na pia é puro desperdício.
 
Última dica: anotar em um diário ou agenda o gasto mensal de água permite controlar melhor o consumo e, depois de um ano, ajuda a rever e corrigir os hábitos de casa. Isto também vale para as contas de energia elétrica.
Semana que vem falaremos sobre as embalagens.
Até lá!
Flávio

Ilustração: Lucas Diniz*
Revisão: João Colosalle*

*Obrigado pela força de vocês, Flávio

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Reduza sua produção de lixo!

Você acha que tudo que vai para o lixo realmente é lixo? Estudos apontam que até 50% dos produtos encaminhados para aterros poderiam ser reutilizados, reaproveitados ou reciclados. Quantas pessoas que você conhece usam as sobras de alimentos como adubo? E quanto à reciclagem? O volume de lixo que você separa para ser reciclado é maior que o volume que é destinado ao aterro? Se sim, ótimo. Se não, tenha a certeza de que você faz parte da estatística como agressor em potencial do planeta.
Em uma cidade com aproximadamente 20 mil habitantes são recolhidas, aproximadamente, 65 toneladas de lixo semanalmente. Não podemos esquecer que o lixo gerado precisa de uma destinação. Um estalar de dedos, porém, não fará com que estas toneladas desapareçam.
Façamos um paralelo: combatemos a proliferação do mosquito Aedes aegypti porque não queremos que a dengue se espalhe. Com o lixo é igual. Se não combatermos a sua produção em breve teremos um planeta muito “doente”. Precisamos agir. A reutilização e a reciclagem de resíduos domiciliares são fundamentais, mas a atitude mais importante para a preservação do meio ambiente é a de não gerar lixo, ou pelo menos gerar o mínimo possível. REDUZIR.
Se evitarmos o uso das sacolas plásticas, reduziremos a sua quantidade nos lixões. Se optarmos por produtos que possam ter frascos reutilizados, como as embalagens retornáveis, com certeza isto também contribuirá para a diminuição de lixo. Utilizar copos pessoais ao invés dos descartáveis também ajuda. A prática do consumo consciente deve ser aplicada em sua vida como um todo, ser incorporada ao seu cotidiano. Analise o quanto de lixo você, sozinho, produz por dia. Depois crie alternativas sustentáveis. Reduza sua produção de lixo!
Para contribuir com a saúde do planeta precisamos ter consciência de que as campanhas publicitárias nos levam ao consumo inconsciente. Mesmo sem necessidade, acabamos adquirindo muitos produtos pela atratividade ou pela propaganda que nos convenceu.  Devemos nos conscientizar que uma bela embalagem nada mais é do que LIXO. Na hora das compras, a opção por produtos ecologicamente corretos é um diferencial que você pode assumir em sua vida.
Tenho uma proposta simples. Analise sua vida durante esta semana e identifique apenas um produto que você possa eliminar do cotidiano, ou pelo menos reduzir o consumo. Se cada um fizer apenas esta única mudança teremos um resultado extraordinário em nossa cidade.
Na próxima vamos conversar um pouco mais sobre a água.
Até lá!
Flávio Paschoal

Ilustração: Lucas Diniz - kill_dinho@hotmail.com
Revisão de texto: João Colosalle - joaocolosalle@hotmail.com

sábado, 18 de setembro de 2010

Sacolas Plásticas: é possível viver sem elas?

Acaba de entrar em vigor na cidade do México uma lei que combate a produção e o uso de sacolas plásticas que não sejam biodegradáveis. No Brasil, o Estado do Rio de Janeiro promulgou a Lei nº. 5502/2009 dispondo sobre a substituição e recolhimento desse produto em estabelecimentos comerciais localizados no Estado como forma de proteção ao meio ambiente. Grandes redes de supermercados já levantaram esta bandeira e hoje oferecem aos seus clientes “sacolas ecológicas”. Em muitos países da Europa as sacolas plásticas não são distribuídas gratuitamente aos clientes, o que levou à uma redução drástica do seu consumo. As ações de combate ao uso indiscriminado de sacolas plásticas aumentam por todos os cantos do mundo. Também se discute o esgotamento de recursos naturais que são utilizados para sua produção.
Nesse contexto, proponho uma análise sob a ótica da sustentabilidade: Seriam as sacolas plásticas as grandes vilãs da natureza?
Segundo a ONU (Organização das Nações Unidas), aproximadamente 7% do lixo que produzimos é composto pelas sacolas plásticas. Elas ficam na natureza por mais de 100 anos e algumas, devido a sua composição química pesada, até 450 anos.
Primeiro, precisamos assumir que temos responsabilidade pelo uso desnecessário e que o descarte indevido em vias públicas, rios e matas, além de contaminar o meio ambiente, tem causado a morte de muitos animais. Por outro lado, temos os defensores das sacolas plásticas que apontam para a sua praticidade no transporte de mercadorias.
Enfim, o que é correto, que atitude tomar?
Estamos na rua e lembramos que precisamos comprar algo no supermercado. Ok. Vamos levá-la sim, mas de quantas estamos falando? Sua compra foi pequena? Então você não precisa de nenhuma. E se você comprou muito itens e está chovendo? Tudo bem, eu entendo e concordo que você vai precisar da sacola plástica para o transporte dos produtos. Mas utilize somente a quantidade necessária. Quantas e quantas vezes colocamos um ou dois itens em cada sacola e no fim consumimos mais unidades do que realmente necessitamos?
Você precisa de sacolas para o lixo de casa? Esse hábito, que está incorporado em nossa sociedade, traz muito prejuízos para natureza pelo seu uso inadequado. A sacola plástica que virou recipiente de lixo não chega a sua totalidade de armazenamento e já é posta, bem amarradinha, do lado de fora da casa para que o lixeiro a leve e descarregue no aterro sanitário de sua cidade. Lá ela poderá permanecer por mais de 400 anos até se decompor.
Considere que você vem utilizando somente metade da capacidade de uma sacola plástica. Se precisa de 10 sacolas durante a semana, poderia, se fosse mais comprometido com a saúde do planeta, reduzir para 5 unidades, bastando apenas enchê-la completamente antes de descartá-la. Estamos falando de apenas uma casa, a sua! Podemos considerar seu vizinho? Então já estamos falando de 10 sacolas a menos que vão para o “lixão”!* Deslumbre estes números para seu quarteirão, sua rua, seu bairro e sua cidade.
Meu pai sempre me disse: “10% de 10 é 1, 100% de nada é 0”.  Uma pessoa que deixa de consumir uma sacola por dia é apenas uma; e se cada morador de uma cidade com 20 mil habitantes reduzir pelo menos uma sacola plástica por dia? É consciência coletiva. Sustentabilidade do planeta.
A questão a ser analisada e ponderada é, se ainda não conseguimos viver sem as sacolas plásticas, pelo menos devemos nos preocupar em utilizá-las de forma correta e consciente. Utilize sacolas plásticas somente em casos de extrema necessidade. Dê preferência às “sacolas ecológicas” quando for para suas compras. Incorpore-a ao seu cotidiano, tenha sempre uma na sua bolsa ou no seu carro. O MEIO AMBIENTE AGRADECE!
Semana que vem falaremos sobre o que realmente é “LIXO”.
Boa semana, seu amigo,

Flávio Paschoal


Ilustração: Lucas Diniz - kill_dinho@hotmail.com
Revisão de texto: João Colosalle - joaocolosalle@hotmail.com


quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Projeto Roda São Paulo, governo do estado


Uma experiência fantástica! O projeto passou por 52 cidades em 2 meses e meio, uma cidade por dia. A atividade mais gostosa era aplicar as dinâmicas em grupo dentro da sala de aula. Era descontraído, divertido e muito recompensador. Tinha contato direto com as experiências de todas essas cidades. As histórias e curiosidades, as dificuldades e peculiaridades de cada cidade. Cidadezinhas com menos de 2 mil habitantes, imagine?

Mas tenho certeza que todos da equipe, assim como eu, o melhor de tudo foi conhecer as pessoas, construir amizades. As vezes sinto que o pessoal do interior é mais “amigo”. Eles param para conversar e fazem questão de te receber. É ou não é característica de um povo “amigo”. Nas grandes capitais também encontro pessoas assim, mas no interior em cada esquina, quando se vê alguém, tenha certeza que esta pessoa vai te “escutar”!

A primeira resposta mais que positiva deste projeto veio da cidade de Junqueirópolis, www.junqueiropolis.sp.gov.br. Fui convidado para ministrar uma palestra para os funcionários municipais e outra a noite aberta aos moradores com o tema de "Sensibilização Amabiental - o individuo fortalece o coletivo". Fruto de uma prosa gostosa em uma dessas esquinas.



         

Cláudia Iwaki, minha amiga e responsável para isso virar outra história. Muitos projetos ainda virão por vir. Obrigado por tudo Clau!

Tenho saudades deste projeto. O que prova que a experiência foi fantástica outra vez.






terça-feira, 7 de setembro de 2010

Apresentação

Olá, tudo bem? Quero usar este espaço para discutirmos o significado de “estar bem”. Nosso planeta não anda tão bem, a situação é mais grave do que imaginamos. Se não temos culpa, pelo menos temos uma boa parcela de responsabilidade pelo estado caótico do meio em que vivemos. Parece terrível falar em caos, mas o planeta não nos comporta mais.

Neste espaço falaremos sobre a redução dos recursos naturais, da importância da reciclagem, de atitudes sustentáveis e buscaremos propor ações individuais que poderão garantir água potável para nossa geração e para gerações futuras, bem como ações que contribuam para a redução de lixo e, dessa forma, evitarmos que os “lixões” se transformem em “berço” de doenças. Também discutiremos sobre a nossa compreensão do que seja “viver em harmonia”. Harmonia com o planeta, com os vizinhos e com nós mesmos!

Cidadania é um valor que está correlacionado à questão ambiental. Muitos pais que estão lendo esta coluna já ensinaram seus filhos a não fazerem para o outro aquilo que não gostariam que fizessem para eles. Quero seguir esta linha e esclarecer que se nós não cuidarmos do mundo ele não cuidará de nós.

Precisamos entender que diversos produtos e bens de consumo que fazem parte do nosso “viver” são produzidos de forma predatória por empresas que estão mais preocupadas com o lucro do que com a saúde do nosso planeta. Quem autoriza esta produção e também todos aqueles adquirem esses produtos estão sendo coniventes com esta realidade.

É fundamental que percebamos que gastos desnecessários e desperdícios banais de bens naturais ou industriais, atitudes tão comuns, estão contribuindo diretamente para a morte do planeta. Está na hora de abrirmos os nossos olhos e assumirmos nossa responsabilidade.

Radical? Não, minha leitura é exatamente assim.

Vejamos, se o homem não tivesse interferido no meio ambiente de forma tão predatória, provavelmente não teríamos o agravamento do efeito estufa e, consequentemente, o aquecimento global que, por si só, é apontado como a causa do extermínio dos corais em mares e oceanos. Neste exemplo, como entre tantos outros, atribuímos ao “efeito estufa” a responsabilidade pelas tragédias ambientais, mas, se analisarmos bem, as pessoas que compram produtos de empresas que jogam gases poluentes no ar também são “causa” do extermínio dos corais.

Nós estamos sendo o “vírus” do planeta!

É hora de mudar! É hora de assumir! É hora de trocar experiências e informações. A hora é essa: Aqui e Agora!